sexta-feira, março 17, 2006

As Elites da Elite (Parte III)

Continuação de As Elites da Elite (Parte II).

A Classe Especial


A Classe Especial era a elite das elites. Simbolizava a força, o rigor, a disciplina, o sacrifício, a audácia, o risco - muitas das características e valores que o Colégio procurava incutir nos seus alunos.

A grande importância da Classe Especial vinha sobretudo da participação em exibições e festivais em diversos pontos do país, divulgando e dignificando o nome do Colégio.


Os "gafanhotos" - a especialidade da Classe Especial - eram originais e espectaculares, havendo sempre alguma incógnita em relação à direcção a tomar por cada aluno depois da impulsão na "cama elástica"... ;-)

Essencial para a "mística" da Classe Especial era a liderança do Prof. Dario, um dos melhores educadores de que a minha geração teve a oportunidade de beneficiar.

O Prof. Dario reformou-se, e com ele "reformaram-se" também os gafanhotos. Talvez um dia, quem sabe, a "praga" regresse...

Continua em As Elites da Elite (Parte IV).

6 comentários:

Anónimo disse...

Ainda sou do tempo dos gafanhotos e recordo-me perfeitamente da espectacularidade das suas exibições, mas o teu comentário acaba por ser um pouco injusto relativamente à actual Classe Especial de Ginástica,que em Portugal e por essa Europa fora, continuam a elevar o nome do Colégio e a deliciar-nos com excelentes actuações.Aliás, diria até que o nível técnico da actual classe é superior ao dos "Gafanhotos".No jantar de ex-alunos, pude até ver a "Mini-classe", destinada aos alunos mais novos, e estou certo de que está garantido um óptimo nível no futuro.Parabéns aos professores da Classe, entre os quais o Pinto Lima, ex-aluno.

Pedro Chagas disse...

Não tinha qualquer objectivo de comparação das duas classes.

Também vi a demonstração no "3 de Março" (era "mini"?), e gostei.

Anónimo disse...

Ó anonymus, se foste do tempo dos gafanhotos, é imperdoável não teres reparado que o ponto essencial deste post é relembrar a mistica do Prof. Dario.

Eu sei que o Chagas tem uma fama lixada e um sentido de humor (negro) que não ajuda, mas acredita que a linha editorial deste blog está politicamente correcta nos limites que, para quem conhece o Chagas, é tão soft que parece lavado com soflan (vocês sabem do que é que eu estou a falar).

Força Chagas, estamos contigo.

Anónimo disse...

Chagas,

Com o mais profundo respeito pelo Prof. Dario, espero que também venhas a incluir na tua linha editorial um post sobre a mística do 4º grupo com as devidas reverências ao Tadeu, ao Abranches e ao Bernardino (entre outros).

Um abraço!

Anónimo disse...

Embora tenha saído prematuramente do Colégio, tive a honra de pertencer à C.E. De facto, foi das melhores coisas que me aconteceram naquela casa e a única de que me poderei orgulhar. Ser da C.E. era qualquer coisa de especial, pois acho que fazíamos a inveja de muita gente e éramos mesmo objecto de admiração. O "Mestre" (como lhe chamávamos) Dario incutia no pessoal da classe o espírito de dar sempre o melhor e executar com rigor. Com "cagança", como ele dizia, se bem me lembro. Que vergonha passei quando em Coimbra, nos Jogos de Portugal, em 82, se a memória não me falha, ao executarmos o "Yamashita" (espero não estar a dar uma calinada com o nome da figura), eu ao saltar para a 2.ª mesa alemã, em que devíamos executar um encarpado, usando como apoio as costas dum 2.º camarada que se encontrava sobre a dita mesa, cometi o erro fatal (e, modéstia à parte, geralmente tinha um bom desempenho) de olhar para a base, entenda-se "costados" do "homem-mesa". Taruz! Deito abaixo o homem e como aquele era um salto de execução extremamente rápida e calculo de um efeito visual muito bonito, (acreditem - era suposto estar um no trampolim Reuter a fazer a chamada para a 1.ª mesa, um a saltar ao eixo/pés-juntos sobre o 1.º "homem-mesa", outro na cama elástica, um a fazer a figura sobre a 2.ª mesa e outro já a cair sobre o colchão. Escusado será dizer que engatei aquilo tudo por uns instantes mas a "laranja mecânica" (Eh eh) continuou executando um encarpado sem ter a 2.ª base. O mestre olhou para mim e eu embaraçado f****o porque a CE era a menina dos meus olhos. O grande professor disse qualquer coisa como "onde é que estava com a cabeça e você que até é um gajo certinho, etc", mas deu-me igualmente uma palmada amigável nas costas, uma palavra de encorajamento e assim continuei, não desanimei e lá acabámos mais uma exibição meritória. Participei nesse ano, o meu 1.º na C.E., nas comemorações do 3 de Março, no então Pavilhão dos Desportos (Hoje Pavilhão Carlos Lopes) - a prova de fogo; no Regimento de Infantaria de Abrantes, a convite do Cmdt, ex-aluno e ex-Cmdt do Corpo de Alunos; em Braga, na queima das fitas da universidade (ficámos alojados no Regimento de Cavalaria, seria?), em que prestava serviço o pai do Arantes; em Coimbra (já acima referido) e por último na FIL, em certame alusivo às Forças Armadas. Bons tempos... Ainda uma palavra de apreço ao Professor Abranches, que começou uma classe (no 4.º ou 5.º ano), de saltos de mesa alemã, que também não deixava o crédito por mãos alheias. Aliás, no ano seguinte, começámos então com o Mestre Dario, essa figura lendária.

Anónimo disse...

Tenho a acrescentar que naquele ano fizémos também a "Gimnáguia" (Benfica). Quanto à do Abranches, desconsiderem, porque o nosso curso começou logo no 3.º ano com o Dario. Não sei onde fui buscar a ideia (embora ele tivesse formado também uma classe). A Alzheimer não perdoa...